No nosso segundo dia em Paris (e aniversário do Ga também), tomamos um café-da-manhã tradicional num restaurantezinho perto do hostel e a primeira parada foi o Museu do Louvre, que só serviu para cenário de fotos na linda parte externa, porque é o único museu parisiense que fica fechado de terça-feira. Não demos muita sorte…
E seguindo caminho, perto do Arco do Carrossel do Louvre, um cara tentou dar o “golpe do anel” na gente. Funciona assim: ele abaixa perto de você como se tivesse pegado o anel que ele “achou” no chão, do lado do seu pé! E te dá como “sinal de boa sorte”. Aí pede um dinheiro como agradecimento por ter te desejado boa sorte. E eu lá pedi? Ah, vá!
Mas foi legal porque dali começamos uma caminhada pelos Jardins de Tuileries, que tem umas fontes com umas cadeiras em volta pra você sentar e tentar absorver um pouco do sol.
Acabando esses jardins, começa a avenida Champs-Élysées, onde vimos o prédio da Louis Vuitton (que depois descobrimos ter sido morada do brasileiro Santos Dummont), a Virgin Megastore (já que a de Londres não está aberta), o Petit Palais e o Grand Palais (Pequeno e Grande Palácios) e um show de brasileiros capoeiristas no meio da rua.
Prédio onde viveu Santos Dummont
Show de capoeira brasileira na rua
Finalmente, no final da avenida, fica o Arco do Triunfo, onde encaramos vários degraus numa escada espiral até o topo para ter uma visão mais interessante da cidade.
Avenida Champs-Élysées (lá no fundo o Louvre)
Lá no fundo fica La Défense, que falaremos no próximo post
Pegamos o metrô para ver o Les Invalides mais de perto, e para nossa surpresa a IKEA (tipo uma TokStok popular e barata na Europa) tinha feito uma intervenção publicitária colocando sofás em exposição, num show-room público de ótima sacada e criatividade sensacional. Eu fiquei em êxtase, ainda mais depois de ver na Inglaterra investidas tão fracas e pobres em promoção e propaganda. Aqui em Londres eles são muito ruins! Vi na TV uma propaganda do absorvente Always onde numa animação 3D um absorvente montava num touro mecânico. Minha flatmate italiana entrou em choque e em crise de riso, e disse que se sentiu violentada pelo comercial… Enfim, coisa de inglês!
Voltando à Paris, tiramos algumas fotos no Les Invalides e abortamos a entrada no túmulo de Napoleão e a visita ao museu das armas porque tivemos que fazer escolhas e priorizamos outras coisas. Se tivéssemos mais tempo, o Gregory e o Gabriel indicaram pra gente como um lugar legal pra quem curte a história das guerras.
Essa entrada guia para o túmulo de Napoleão
O túmulo de Napoleão fica na sala atrás dessas portas
Rumamos, então, para o Trocadero, afim de encontrar os meninos, dessa vez destinados a subir na Torre Eiffel! No caminho, não pudemos resistir a mais algumas fotos com ela. Ela é tipo “A” estrela das nossas fotos, assim como em Londres é o Big Ben e na Argentina foi o Obelisco… Acontece! No Trocadero tem umas fontes super bonitas, mas elas estavam meio que com o acesso bloqueado por conta de uma feira de antiguidades que estava tendo ali (¬¬). Anyway!
Fonte (desligada) no Trocadero
Fomos pra Torre e optamos pela escada ao invés do elevador, e dessa vez nem foi porque era mais barato, foi pela rapidez mesmo, porque a fila estava muito menor.
Subimos até o primeiro andar da Torre, paramos pra descansar um pouco, encaramos mais alguns lances de escada pro segundo andar e de lá, a única maneira de ir até o topo é pagando um elevador à parte. Mas com certeza iríamos, queríamos ver a noite cair sobre Paris de lá do topo.
Trocadero com a feira de antiguidades (tendas brancas)
Vista do 2º andar, do que ainda faltava subir
O terceiro andar da Torre é duplex: na parte de baixo é tudo vidrado, sem vento e tem as distâncias para várias cidades do mundo inteiro (São Paulo, Rio e Brasília nos representam) e subindo um lance de escada, chegamos ao topo MESMO, bem perto da ponta dela, de onde a vista é alucinante!
Nossa distância para o topo da Torre Eiffel era essa
Cidade em miniatura, visto do topo da Torre
Foi um outro momento inesquecível. Presentão pro Ga comemorar no alto da Torre Eiffel vendo o dia escurecer e a cidade se acender.
Pra descer, pegamos o elevador, que desce oblíquo mais perto da base, bem legal!
Trilhos do elevador oblíquo que usamos para descer
Seguimos de metrô para a Basílica de Sacré-Cœur. Ela fica no alto de um morro e para subir, tem escadas ou o Funiculare, tipo um bondinho que te leva até lá. Fomos de Funiculare pra ter a experiência (e também porque mesmo sendo poucos degraus, já tínhamos encarado escadas no Arco do Triunfo e na Torre Eiffel naquele dia, chega, né?).
Por ser à noite, obviamente ela estava fechada, então só vimos por fora rapidamente e como estávamos famintos e cansados, sinceramente não demos a ela a importância que talvez ela mereça. Mas naquele momento, o restaurante foi a melhor coisa que nos aconteceu. Foi mais um jantar gostoso e agradável, a França é um dos melhores lugares pra se comer na Europa (junto com a Itália), porque aqui é sofrível! Passamos por uma loja de souvenirs ali perto (estou colecionando algumas coisas, quando voltar pro Brasil mostro a coleção completa) e nos despedimos do Gregory e do Gabriel, já que o hostel deles era ali perto.
Gregory, Ga e Gabriel na Basílica
Foto (péssima) de dentro do Funiculare, descendo
Funiculare abaixo, pegamos o metrô e descemos na estação errada para ver o Moulin Rouge. Voltando pra estação, passei um dos momentos de maior raiva da viagem. Vi um balcão de informações com uma atendente ao telefone. Atrás dela, na parede, tinham coisas escritas em francês, espanhol, inglês, então obviamente era um balcão de informações pra turistas. Lá não é como aqui ou São Paulo, que tem funcionários do metrô o tempo todo nos bloqueios pra fiscalizar e dar informações e ajuda, então fiquei contente que ela estivesse ali no momento oportuno. Toda vez que iniciava uma conversa lá, eu tentava um “Hi! Do you speak English?” pra tentar me comunicar. Sempre deu certo. Falei o Hi ela me respondeu Bonsoir, que demorei a associar que significava “boa noite”. Tentei continuar a sentença e ela me cortou num tom mais alto com seu bonsoir. Já não estava entendendo se ela continuava no papo de cocota no telefone com a amiga ou se estava falando com a gente. Tentei de outra forma “Moulin Rouge, do you know…?” e foi nessa hora que a mulher aumentou de vez o tom de voz e começou a berrar bonsoir na estação. Estava vazia, mas fiquei estarrecido. E ela aproveitou o silêncio pra desabafar esse absurdo com a amiga, falando num francês que foi traduzível pra mim facilmente como “eles chegam aqui, vem falando ‘hi’, em inglês e acham que estão certo, não sabem que tem que falar em francês? São muito folgados” e blá blá blá! Porra, não era um balcão pra turista? Ela esperava que as pessoas falassem francês lá? Talvez se tivesse falado em português ela seria menos mal educada, pois essa é uma norma de etiqueta lá, o primeiro contato deve ser em francês. Mas era um balcão pra turista, caramba! Soltei um “sua vaca” no mesmo tom e entrei em fúria no metrô! Eles são muito mal-educados. Os ingleses podem não ser simpáticos, mas educação não falta pra eles e isso não tem preço!
Enfim, momento desabafo passou! Achamos a estação certa por conta própria e fomos ver o pequeno Moulin Rouge! Queria ter entrado. É um cabaré super tradicional, com shows que (pelo menos pelo site) parecem ser maravilhosos, mas o ingresso mais barato saía por €80. Deixo pra próxima, tá? Tiramos a foto na frente e vamo’simbora!
Andamos mais um pouco pela rua, que é cheia de… puteiros (na falta de um termo mais educado no momento) e abriga também o Museu Erótico, que eu queria ter visto, caso estivéssemos com mais tempo.
A ideia nesse dia era ir pra balada pra comemorar o niver do Ga. Mas nossa pilha acabou antes disso…
4 Comentários
Everton
21 de abril de 2010 às 16:27Belas fotos, como sempre! Adoro ler os relatos tbm… Mas, preciso confessar que as fotos internas e do topo da Torre Eiffel me deram vertigens… ME-DO! haha Abraços!
Bruno
23 de abril de 2010 às 00:26Show, é otimo os relatos, os videos e as fotos principalmente, Quanto ao franceses, são da natureza de serem mal educados e princilamente, anti americano, gostei da palavra colocada para a atendente de informção..kakkakak<br />Boa
Silvana
25 de abril de 2010 às 20:12Gente que máximo deve ser lá de cima da Torre ver a cidade, principalmente a noite, que emoção maravilhosa!!! <br />Estou amando viajar com vcs , hehehehe!!!!<br />Beijão da Mamis Sil!!!
Luigi
30 de abril de 2010 às 13:30Oi!!!!<br />Saudades de vcs…<br />Post longo, vou confessar que pulei umas partes por que estou em horário de trabalho rs, mas verei com calma em casa.<br />Ga, adorei a foto ao lado do Arco do Carrossel do Louvre, tava chiquérrimo!!!! kkkkkkk<br />Rafa, vc que mora na ZL não poderia cair no golpe do anel nunca e em nhum outro golpe kkkkkkk.<br />Boas fotos, bons textos…que orgulho desses