Estamos só um pouquinho atrasados pra contar como foram as viagens pra Paris e Cardiff, né? Desculpem-nos, mas antes de mais nada, a preguiça reinou MESMO e estávamos envolvidos com algumas outras coisas nossas aqui. Antes de mais nada nossas aulas na Williams College acabaram nessa sexta-feira passada, então agora temos cerca de 2 meses pra aproveitar o que a Europa pode nos oferecer antes de voltar ao Brasil, mas falamos sobre isso mais pra frente! 😉
Agora vamos nos ater ao roteiro parisiense, que rolou entre 15 e 17 de março.

Pegamos o trem Eurostar, em Kings Cross Station a caminho de Paris. A viagem foi tranquila, tirando o fato de que eu demoro pra conseguir dormir em viagem assim, e o Ga capota logo nos primeiros 20 minutos. O encosto de cabeça não é tão confortável quanto parecia de início, mas a viagem de trem é muito mais prática do que os deslocamentos até aeroporto, check-in e longas horas de espera até chegar no destino. Gostamos!

Chegando lá, compramos o bilhete de metrô para os 3 dias, por €20. Achamos um pouco caro, mas era o que tinha. O metrô de lá, achamos que era por ser o 2º mais antigo do mundo, é muito sujo, apertado e ultrapassado. Mas ele tendo sido inaugurado 37 anos depois de Londres, em 1900, é comparativamente muito pior, num geral. Fomos para o hostel deixar as malas no bagageiro (o check-in só poderia ser feito mais tarde, aqui geralmente eles começam às 15h, 16h), e fomos explorar a cidade.

Nosso primeiro ponto foi a Catedral de Notre-Dame, uma das mais conhecidas do mundo. Ela não é tão suntuosa quanto outras coisas que já vimos, mas é um lugar que gostei bastante. Na frente dela, fica o marco zero da cidade, de onde todas as distâncias são medidas.

Depois de um tour interno pra ver os famosos vitrais, fomos andar ali pelas 2 ilhotas, região de Ile Saint-Louis, de onde tivemos a primeira visão do rio Sena.

Parte de trás da Notre-Dame

Paramos para almoçar num restaurante minúsculo por ali e seguimos caminhada para o Pantheon. Nesse meio tempo vimos pela primeira vez um pedacinho da Torre Eiffel, só a ponta dela, de longe.

Mesa do restaurante onde almoçamos

Loja de marionetes na Ile Saint-Louis

Recado no chão

No Pantheon nós não entramos, só vimos por fora, o que já é bonito demais. Imaginamos como seria por dentro. Muitos dos lugares só vimos por fora, principalmente por uma questão de tempo. E durante várias vezes na viagem, vimos o lema da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) inscritos por aí.

De lá, passamos pelos Jardins de Luxemburgo, um dos lugares mais bonitos e interessantes pra nós, brasileiros, que não estamos tão acostumados com esse tipo de espaço no Brasil. Coincidência ou não, encontramos um casal de brasileiros por lá. Aliás, vimos mais brasileiros em Paris do que em Londres.

Seguindo caminho, passamos por uma das franquias da Galeria Lafayette (a Harrods de lá) e na frente do Les Invalides, que é onde hoje está enterrado Napoleão Bonaparte e que um dia já serviu de hospital e retiro para veteranos de guerra. Falando em guerra, travamos uma para achar um banheiro público (e que não tivéssemos que pagar, claro). Até que no último suspiro, antes de chegarmos à Torre Eiffel, pudemos relaxar! =P

E em frente à Escola Militar, fica o parque de Champs de Mars, que incorpora o Monumento pela Paz e que leva até um dos pontos turísticos mais visitado de mundo inteiro e símbolo da cidade-luz. Foi um momento meio mágico, como se estivéssemos vendo uma fotografia e ela não fosse real. Acho que foi o mesmo sentimento da primeira vez que vimos o Big Ben, mas (confesso), em menor escala.

Brincamos de tirar fotos de turista, e caminhando pelo parque encontramos “por acaso” com o Gregory e o Gabriel (não o Ga, o outro). Sabíamos que nossas viagens tinham casado então marcamos de nos encontrar no Trocadero, mas por conta da nossa caminhada e falta de noção de distância na cidade, estávamos uns 15 minutos atrasados, então eles tinham vindo pra ver se nos encontravam. Deu certo!

Passamos por baixo da Torre, e seguimos beirando o rio andando até atravessar a Ponte de l’Alma, onde fica a Chama da Liberdade, idêntica à chama que fica na Estátua da Liberdade, nos EUA e foi doada à Paris pelos americanos em 1989 como forma de agradecimento pela ajuda nos trabalhos de restauração da estátua em Nova Iorque. Por coincidência, o túnel que passa embaixo dessa réplica em Paris, foi onde morreu a princesa Diana, em 1997. Por isso, essa chama também virou um memorial não oficial à Princesa de Gales.

Monumento a vítimas de guerra, perto da Torre Eiffel

Chama da Liberdade

De lá, seguimos de metrô com os meninos para a Galeria Lafayette, a outra loja da mesma rede, que é uma das maiores redes de departamento do mundo. Mas a finesse francesa foi por água abaixo quando vimos no restaurante do lugar um rato passando por debaixo das mesas. Se era o Ratatouille eu não sei, mas foi nojento. Aliás, Paris tem mais ratos do que Londres, e eles são mais atrevidos a chegar perto de gente do que os daqui. Enfim…

O dia terminou de uma forma inesquecível. Fomos até o Trocadero, região mais alta de onde se tem uma vista estonteante da Torre e de uma parte da cidade.

Como estávamos também com fome, fomos ao Café de l’Homme, que é um restaurante/café maravilhoso com vista pra Torre. Nos demos ao luxo! Pra comemorar o aniversário do Ga, que seria no dia seguinte, pedimos uns pratos de queijos e um vinho.

O lugar já tinha música ambiente e foi só a gente brindar pra Torre nos presentear com o “show de luzes”. Sensacional!

A caminho do hostel passamos num mercadinho ali perto pra nos abastecer de comida pro próximo dia. Chegando no hostel, nossa surpresa foi que a recepcionista da noite não falava inglês. Depois de um pânico inicial, a gente começou a se entender entre brincadeiras e mímicas, num jeito bem brasileiro de ser. O quarto não era lá aquelas coisas, mas a intenção era essa, só ter um lugar pra largar as malas e descansar o corpo (e ainda tinha WiFi de graça, tá bom demais).

E já era mais de meia-noite, o Ga ganhou presente, cartão e tudo!